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Narendra Modi e Barack Obama se abraçam – foto AP/Globo
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Após mais de uma década de estagnação econômica os Estado
Unidos estão voltando com tudo.
Embora nem o próprio governo esperasse por isso, no segundo
trimestre de 2014 o país cresceu mais de 4%. O índice deve se repetir no último
trimestre de 2014.
Deve (no futuro) pois as “contas” dos países demoram quase
um trimestre inteiro para serem fechadas.
Isso quer dizer que o
grande irmão do Norte, a principal economia do mundo, volta a crescer com
consistência, o que é bom pra todo o mundo.
Muita gente se incomoda com isso, especialmente certa
esquerda que não estudou direito.
Cuba
Na esteira dos acertos com Cuba, a administração Obama não
está dando chance para o azar, e está jogando para escanteio países como o
Brasil que aplicaram uns caraminguás na ilha caribenha.
Aos cubanos interessa muito mais um acordo com os EUA do que
com outros países, entre eles, o Brasil.
Mais de 80% dos jovens cubanos apoiam a abertura econômica e
a volta das boas relações com os norte-americanos.
Índia
Agora Barack Obama foi dar uma voltinha na Índia, onde anunciou
a bagatela de US$ 4 bilhões em investimentos e empréstimos.
É dinheiro pra danar.
Só para se ter uma ideia, o PIB indiano é da ordem de US$
4,4 trilhões. Ou seja, o raid que os
norte-americanos dão no país corresponde a 10% do PIB local.
Hoje, a Índia é a 10ª economia mundial, e se as previsões
estiverem corretas o país deve ser a terceira economia do planeta, em 2050,
apenas atrás dos EUA e da China.
E também, a título de comparação, o seu PIB deve ser pelo
menos cinco vezes maior que o brasileiro, em 2050, que, segundo as mesmas
projeções, será o quarto do mundo daqui a 16 anos.
A Índia é um país peculiar, para além dos seus complexos
sistemas religioso e social: tem enormes reservas naturais, um sistema de
educação sofisticado e entrou de cabeça na era da informática, o que lhe
garante certa liderança no mundo.
E os EUA não iriam deixar passar isso batido, posto estar a
Índia estrategicamente localizada, em meio caminho entre o Ocidente e a Ásia.
Reformas
Obama minimizou as escaramuças bélicas internacionais.
Preferiu recompor os problemáticos sistemas de educação e de saúde, e de quebra
recuperar a liderança mundial, ameaçada pelos chineses.
Para quem achava que o Capitalismo estava morto, eis a resposta
de Obama e da economia norte-americana.
Sonhar é sempre bom, mas manter um olho aberto é melhor
ainda.
Obama está fazendo isso; já nós continuamos pensando em
algum tipo de revolução socialista, justo nós que ainda sequer chegamos ao
Capitalismo de verdade.