Os suecos são um povo alegre de feliz, certo? CERTO. São
rosadinhos, têm uma socialdemocracia que funciona, um ótimo sistema de educação
e de saúde? Certo? CERTO.
Seus parlamentares não recebem salários e andam de
transporte coletivo que também funciona bem, certo? CERTO.
São civilizados e coloridos, certo? CERTO.
Aliás, falando em cor há alguns anos li um excelente
trabalho (acadêmico) associando o excesso de cor nas roupas (e em outras
coisas) à precariedade do sol, da luminosidade, enfim, do calor.
O estudo mostrava que em países com esse perfil – e aí
citava Suécia, Dinamarca, Islândia, Holanda e vai por aí – havia uma tendência ao
uso exagerado da cor (especialmente nas roupas) para compensar a pobreza
estética provocada pela ausência de luz solar.
Isso leva a uma outra observação: ao contrário do que disse
Gilberto Gil o negro não é a soma de todas as cores, mas a ausência de cores. A
soma de todas as cores dá no branco.
Isso é racista? Vá reclamar com Deus ou com Einstein.
Sem luz, necas de pitibiriba de cores.
Bem... a questão do uso exagerado de cores nas vestimentas
não é exclusividade desses países.
No Rio de Janeiro também a gente vê isso por praias e
calçadas. Os caras saem às ruas com uma combinação inacreditável de cores.
Parecem árvores de natal. Só faltam as luzinhas piscando.
Mas voltemos à Suécia e às Oropas em geral.
A Suécia (assim como Portugal, por exemplo) não se meteu na
segunda guerra mundial. Quer dizer, não se meteu é modo de dizer, pois boa
parte de seus empresários financiou os nazistas, recepcionou o que era pilhado
dos judeus e encheu a burra com essa história toda.
Os suecos não gostam que se fale disso; seus escritores
pouco tocam no assunto, e quando tocam é bem en passant, assim como não querendo, como se esse colaboracionismo
todo fosse um ou outro desvio de rota.
Hum!!!
Pois então, a Suécia é isso tudo: gente civilizada, de
bochecha rosada, alegre e colorida?
Vamos dar um olhada no que diz o jornal espanhol, El País:
"Suecia admite que durante 100 años
marginó y esterilizó al pueblo gitano"
[A lo largo del último siglo, Suecia
esterilizó, persiguió, arrebató niños y prohibió la entrada en el país a los
gitanos; y las personas de esa minoría étnica fueron tratadas durante décadas
por el Estado como “incapacitados sociales”.]
Gitano, como você
sabe, é cigano, e eles foram esterilizados, perseguidos, tiveram seus filhos sequestrados
(pelo garboso e civilizado Estado sueco) e proibidos de entrar (circular) pelo
país.
Agora faça as contas. Essa atitude simpática e civilizada do
Estado Sueco começou em 1900 e durou 100 anos, isso quer dizer que a coisa foi
até 2000.
Logo ali atrás, há precários 14 anos.
Será que terminou? Pode ser, especialmente se a Suécia não
tiver mais nenhum gitano zanzando por
lá.
Nazi fascismo
E não é que a Alemanha acaba de baixar uma regulamentação
cheia de saliências e reentrâncias para proibir que fiquem por lá os
indesejáveis, quer dizer, os gitanos.
É a reencarnação do seu Adolf?
Jesus pode ser que não tenha voltado ainda – sabe-se lá se
quererá voltar por aqui, com tanto maluco solto pelas ruas – mas Hitler pelo
jeito já deu as caras.
Não dá para negar a suntuosidade da estupidez criminosa do regime
nazista contra os judeus, mas é preciso ir um pouco mais além do que contam os
semitas e perceber que outras “minorias” também foram parar nos campos de
concentração do regime: veados, lésbicas, socialistas, anarquistas, comunistas
e, ESPECIALMENTE, os gitanos.
Sempre os gitanos.
O simpático e garboso ditador espanhol Francisco Franco até
tentou ser condescendente com os ciganos e andou criando umas vilazinhas
repletas de apartamento onde tentou alojar essa gente toda.
Vixe! Os caras são nômades, costumam morar em acampamentos e
o doutor Franco queria confiná-los em apartamentozinhos?
Rapaz!!!
Bem, como a coisa não funcionou – já que os gitanos levavam porcos e cabras pra
dentro dos apartamentos e ascendiam fogueiras no meio da sala – qual foi a
solução?
Elementar meu caro.
E VIVA O MUNDO CIVILIZADO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário