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Crédito da foto: www.infoescola.com
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Com pouco mais de 7 bilhões de seres humanos, o mundo está
num beco sem saída.
Da população total, apenas 5% (350 milhões) são ricos.
A classe média soma 2,03 bilhões de pessoas (29%).
Os pobres (66%), 4,620 bilhões.
“Os países desenvolvidos já ultrapassaram o limite de
consumo de matérias-primas naturais. Se todos os habitantes da Terra tivessem o
mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, nós íamos precisar de quase cinco
planetas para dar conta das demandas da população”, afirma o diretor executivo
da Conservação Internacional, André Guimarães, com base do IPCC, divulgados
ontem pela ONU.
Nessa enorme faixa de 66% de pobres há gente que vive com um
mínimo possível (que lhe dá, no máximo, uma refeição por dia) até os sobreviventes
dos 2 dólares mensais.
A seguir seus modelos de vida, precisaríamos apenas de 10%
da Terra para continuar (sobre)vivendo.
Alguém se habilita?
Malthus
No longínquo século 18 (mais precisamente em 1798) Thomas
Robert Malthus lançou um ensaio-bomba-alarmista (An Essay on the Principle of Population - Um ensaio sobre o princípio da população) que assustou muita gente.
A frase síntese do ensaio todos conhecem: “A população cresce em escala geométrica...”
O economista britânico foi atacado à direita e à esquerda,
desmentido, ridicularizado.
De acordo com os críticos de Malthus, um bom planejamento e
boas políticas públicas seriam capazes de dar um jeito na fome do mundo.
Não apenas não se deram, como fomos jogados numa enrascada difícil
de ser vencida.
Todos contra a parede
As críticas a Malthus são ilustrativas por terem vindo tanto
de fanáticos liberais, como de
esquerdistas radicais.
E o que os une?
A fé cega na ciência, na tecnologia, no desenvolvimentismo.
E por que os une?
Por que ambos – o liberalismo econômico e o comunismo
marxista – têm os mesmos pais, a mesma origem,
a mesma gênese: o dogmatismo judaico-cristão.
”Crescei e multiplicai”.
É do pensamento judaico-cristão que se extrai a ilusão da
submissão da natureza ao ser humano; da capacidade do ser humano em produzir
conhecimento indefinidamente, conhecimento este capaz de eliminar a fome e
gerar a felicidade eterna, num monumental happy
end orgástico.
Caetano Veloso
Diante de tanta certeza, cercada por tanta fome e
desesperança, melhor mesmo é ouvir Caetano Veloso?
“Terra”
“Um Índio”
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