Dilma está destruída politicamente. Como ela não é Maluf (a Fênix
paulista) e não tem a classe média a seu lado, Dilma não deve se recuperar
politicamente mesmo num futuro mais distante. E mesmo que fosse Maluf e fosse
simpática à classe média não há tempo hábil para a recuperação de sua imagem
até outubro de 2014.
Haddad – outro dos postes eleitos por Lula – também se
ferrou com as manifestações de junho (e que seguem e vão seguir ano a fora e
ano que vem a dentro).
Estão também fora do cardápio petista – a mais ou menos
tempo – os potenciais José Dirceu, Genoíno e João Paulo Cunha pelas razões que
todos conhecemos.
O PT não tem um nome para colocar na disputa do ano que vem –
a menos que Lula opere mais um de seus costumeiros milagres, mas isso é pouco
provável. Não dá tempo.
Não tem tu, vai tu mesmo
Com “uma fome de anteontem” para enfrentar as urnas, ano que
vem, sobrou para o PT o manjar dos deuses, com doces portugueses, vinhos
franceses e dançarinas muçulmanas: Luís Inácio Lula da Silva.
Quem pode com o homem? Ninguém!
Lula da Silva diz que não quer mais se candidatar.
E não quer mesmo! E foi exatamente por isso que, após muito
ponderar e expurgar, Lula da Silva começou a preparar os seus “postes” e elegeu
dois.
Tem mais um ainda na fila de espera, o ministro Alexandre
Padilha (Saúde), mas que ainda está verdinho e tem pouca bala na agulha, a não ser
que o programa Mais Médico venha a ser um sucesso imediato e retumbante – o que
é pouco provável.
Por que não, Lula?
Lula não quer mais a presidência, pois o negócio dele hoje é o Instituto Lula e o Fórum São Paulo (que, aliás, começa nesta próxima
quarta-feira).
A caminhada de Lula da Silva é uma espécie de reedição
melhorada, ampliada e mais sofisticada do Terceiro-Mundismo de meados do século
passado.
Trata-se da agudização do confronto Norte-Sul, ou como querem
alguns, uma luta de vida e de morte entre Ricos X Pobres.
E isso num momento em que a ricaiada do hemisférico norte
não dá conta sequer de pagar as suas contas de luz e água.
Momento mais oportuno não há. E ainda de quebra Lula ganhou
como aliado (discreto, é verdade) o papa Francisco.
Lula da Silva esperava que Dilma Rousseff surfasse serena
por dois mandatos e ainda garantisse a eleição de seu sucessor ou sucessora.
Isso tudo garantiria liberdade para suas andanças pelo
exterior, especialmente agora que Hugo Chaves – que lhe fazia uma sombra danada
- escafedeu-se.
Dilma Rousseff estragou tudo com sua insensibilidade e a demora
em responder às “vozes da rua”.
E Haddad também pisou no tomate ao ficar passeando por Paris
enquanto São Paulo pegava fogo.
Pior: abriu a guarda para o governador Geraldo Alckmin botar
os seus cachorros loucos da PM nas ruas no 13 de junho.
O resto é história que todos nós conhecemos.
Pior para a oposição. Lula vem, vê e vence – a menos que se
afogue numa tsunami.
Mas alguém já ouviu falar em tsunami em praias brasileiras?
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